quarta-feira, 5 de junho de 2013

Iniciativa europeia "Um de nós" pede frear pesquisas com embriões humanos

MADRI, 04 Jun. 13 (ACI/Europa Press)

O euro deputado popular Jaime Mayor Oreja e Adolfo Suárez Illana, filho do ex-presidente do Governo Adolfo Suárez, apoiaram na tarde de ontem a apresentação da iniciativa popular europeia "Um de nós", que pretende impedir por ser "inútil" o financiamento de pesquisas que suponham a destruição de embriões hu-manos já que, segundo os promotores, "de-monstrou-se pela ciência que existem alternati-vas respeitosas com a vida".
O ato, celebrado no escritório em Madri da Comissão e do Parlamento Europeu, foi apre-sentado por Miguel Ángel Tobías, que insistiu em que se trata de uma iniciativa "aconfessio-nal e apolítica" e que cada um dos que rechaçam a pesquisa com embriões humanos o faz "a título individual".
Entre as 500 personalidades que, segundo 'Um de nós' ('One of us', na versão inglesa para o conjunto de países da Europa), respal-dam esta iniciativa popular se encontra o tou-reiro Juan José Padilla -que não pôde final-mente ir ao ato desta segunda-feira-, a jornalis-ta Isabel Durán ou o secretário geral da Real Academia de Jurisprudência, Rafael Navarro Valls, que advogou por "reencontrar-se com as raízes mais profundas da Europa".
O eurodeputado Jaime Mayor Oreja advertiu que a Europa enfrenta um "debate crucial" do ponto de vista cultural mais que ideológico. "De todos os adversários, o pior é o que não tem siglas", disse antes de sustentar que o "medo ao que dirão é pior que o medo físico".
Os promotores de "Um de nós", como Adolfo Suárez Illana, defenderam que o mais progres-sista é defender a vida. "Há quem oferece ata-lhos à vida", disse em referência ao aborto e à eutanásia, "mas nunca pode ser identificando-se com o progresso e a democracia".
Ponto de vista científico
Mónica López Barona, membro do Comitê Di-retor de Bioética do Conselho da Europa, as-segurou que do ponto de vista da ciência se sabe "com certeza que desde o momento em que um espermatozoide fecunda um óvulo te-mos vida". "Hoje sabemos", continuou, "que pesquisar com células embrionárias não tem sentido terapêutico".
Tanto López Barona como Nicolás Jouve, ca-tedrático de Genética, destacaram a "inutilida-de" de realizar pesquisas com embriões huma-nos tendo em conta que já existem "alternati-vas". Jouve citou expressamente os trabalhos com células mães não embrionárias premiados com o Prêmio Nobel de Medicina.
A porta-voz de 'Um de nós', María Crespo, detalhou as cifras da iniciativa, que já conta com 500.000 assinaturas no conjunto da Euro-pa, 40.000 na Espanha. Os países que "con-seguiram o objetivo mínimo" proposto pelas autoridades europeias para tramitar a ILP são, além da Espanha, Hungria, Itália, Polônia, Áustria, Eslováquia e Holanda.

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