segunda-feira, 20 de maio de 2013

Criação de células-tronco de embrião humano divide cientistas nos EUA


Os cientistas dizem que nunca tiveram a intenção de clonar pessoas, mas foram criticados por grupos que se opõem a esse tipo de pesquisa.
Nos Estados Unidos, a criação de células-tronco de embriões humanos, a partir de técnicas de clonagem, dividiu a comunidade científica.
Pacientes com Parkinson, diabetes e doenças que aparecem com a idade provavelmente vão poder se beneficiar da técnica um dia, disse o coordenador da pesquisa. A técnica de produção de células-tronco consumiu mais de 15 anos de pesquisa até ser comprovada na Universidade do Oregon.
Os cientistas repetiram o modelo de clonagem usado para criar a ovelha Dolly, em 1996. Células de pele humana foram introduzidas em um óvulo sem núcleo. Choques elétricos estimularam o óvulo, que se desenvolveu como se tivesse sido fecundado. Ele produziu células-tronco, que são capazes de formar qualquer outra célula do organismo.
Foi a primeira vez que esse tipo de clonagem funcionou para criar células-tronco de seres humanos. A pesquisa levantou uma pergunta: será estamos perto de clonar pessoas? Os cientistas dizem que nunca tiveram essa intenção, mas foram criticados por grupos que se opõem a esse tipo de pesquisa.
“É uma irresponsabilidade publicar esse estudo. Precisamos de uma lei internacional para banir a clonagem humana antes que mais pesquisas como essa sejam feitas”, escreveu o doutor David King, do grupo britânico Alerta Genético Humano.
A técnica da Universidade do Oregon tem concorrente. Hoje, laboratórios do mundo inteiro usam um modelo desenvolvido pelo japonês Shinya Yamanaka, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina no ano passado. Ele conseguiu reprogramar células comuns para que elas funcionassem como células-tronco, sem a necessidade de usar óvulos.
Só novos estudos podem dizer qual delas é mais indicada para tratamentos e qual vai ficar apenas nos registros da ciência.

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